FEST
Festival
Internacional
de Música
Exploratória
do Barreiro
Internacional
de Música
Exploratória
do Barreiro
8-11 outubro 2015
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Programa
9 de Outubro21:30
MUSEU INDUSTRIAL DA BAÍA DO TEJO
AMM
AMM, porventura mais que um grupo, tem vindo a ser - em 2015 precisamente, 50 anos depois do início deste percurso - uma ideia, vasta, do que podem ser os limites da música, da improvisação, da notação e da ausência dela, da expressão musical, da descoberta sonora, do socialismo em música.
Fundados em 1965 por Eddie Prévost (bateria, percussão), Keith Rowe (guitarra, electrónica) e Lou Gare (saxofone), por eles passou uma série de músicos-chave da história da música britânica do século XX. O compositor Cornelius Cardew foi membro durante 7 anos, Syd Barrett e os seus Pink Floyd andaram a partilhar órbita em concertos durante a swinging London mais psicadélica de 1966, Paul McCartney assistiu a uma gravação (saiu confuso), Evan Parker foi colaborador regular - tal como John Butcher, e um punhado selecto de outros.
A sua exploração sem tréguas das verdades (musicais, humanas, artísticas, políticas, cívicas, ideológicas), fez com que não só tenham revolucionado o que significa jazz, electro-acústica ou música contemporânea, como contribuiu para que as fronteiras destas áreas se tenham atomizado, abrindo, ao longo das últimas cinco décadas, inúmeras portas tanto para quem escuta, como para quem faz música, ao mesmo tempo criando inúmeras horas de música memorável, essenciais para o descodificar dos avanços nestes campos ao longo do último meio século. A vastidão é tanta quanto o tamanho da modernidade, e o que quer que se queira chamar à lucidez no meio da pós-modernidade; nem mais, nem menos.
John Tilbury, dos mais proeminentes homens e pianistas de pesquisa e também de interpretação da música contemporânea das últimas décadas, é membro desde 1980. De há cerca de dez anos para cá, depois da saída definitiva de Rowe, é no duo de Prévost, o único membro fundador do grupo, e Tilbury que todo o trabalho de contínua exploração expressiva dos AMM continua em curso. Tilbury para sempre envolto em análise e progressão nos clusters de Morton Feldman, Prévost para sempre senhor de todos os tempos, métricas e possibilidades de ordenamento. Da raríssima música que parece tudo saber sobre o mundo.